segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Homem é tudo igual?

A próxima história foi enviada por nossa amiga Cher, que anda meio desiludida com o sexo oposto.

Não sei a mãe de vocês, mas a minha – e as mães da maioria das minhas amigas –, sempre disse que eu deveria achar um cara em um nível social igual ou maior que o meu. Talvez vocês considerem isso como atitude de pessoa interesseira, mas eu até entendo a preocupação de nossas genitoras em ver as filhas trabalhando tanto e depois encontrando alguém que não possa acompanhar seu estilo de vida. O fato é que esse aprendizado de infância fez com que eu sempre acabasse envolvendo-me com a “playboyzada” de plantão. Só que a história tinha o mesmo desfecho todas as vezes: eu não recebia o carinho e a atenção que achava merecer, e acabava ficando sozinha.

Resolvi mudar um pouco de padrão, para ver no que dava. Passei a reparar em um carinha do local onde trabalhava. E ele em mim. O rapaz era uma graça, mas estava sempre com um uniforme muito sujo e desgastado, fazendo-me imaginar que ele era do grupo dos carregadores, o que confirmei mais tarde. Começamos a conversar e tive mais certeza de que ele fugia dos tipos com os quais eu vinha saindo: não era nada playboy, pagava suas contas com bastante dificuldade, morava em uma comunidade, não tinha carro e era bem mais novo. Como o meu interesse nunca foi o dinheiro de ninguém, resolvi tentar. Ele era tão diferente que deveria ser uma pessoa bacana. Além disso, eu precisava provar-me que, para conseguir alguém bom pra mim, não precisava seguir o que minha mãe falava e sim ao meu coração.

O carinha e eu passamos a sair com muita frequência. Nunca definimos sobre namoro, mas ele ligava-me todos os dias, ficávamos juntos muitas vezes por semana, adorávamos a companhia um do outro e na cama nos entendíamos maravilhosamente bem. Minha mãe estava errada! Bastou deixar de dar ouvidos ao que ela dizia e encontrei meu príncipe., certo? Errado.

Um dia, comentei que iria a um show com minha amiga Carrie. Ele disse que os amigos dele tinham comentado que iriam a esse evento, pois lá teria muita “mulher para pegar” (alguém mais achou isso ridículo?) e que, já que eu estaria lá, ele também iria. Durante o show, ficamos juntos todo o tempo. No final, eu precisava ir embora com minha amiga, pois não podia deixá-la sozinha. Como o rapaz morava em um lugar completamente oposto, despedimo-nos e seguimos.

No caminho para casa, Carrie e eu resolvemos parar em um barzinho para aquela saideira de praxe. Ficamos apreciando um pouco o local, até que avisto o dito-cujo com seus amigos “pegadores”. Tentei não aparecer muito, pois pensei que eu também estava no erro, já que tinha falado que iria para casa. Eis que vejo o rapaz aos amassos com uma mulher. Na hora, não ocnsegui acreditar no que via, afinal, o carinha dizia-se e mostrava-se tão interessado. Pensei em simplesmente ir embora, mas não podia deixar isso quieto. Fui até ele. Bastou um tapinha nas costas e um “legal te ver aqui” para o bonito entrar em desespero. Começou aquela historinha de pedir desculpas, enviar milhões de mensagens, ligar abundantemente e mais aquele blá-blá-blá todo. Mas quer saber? Eu já tinha cansado.

No final das contas, eu quebrei a cara mais uma vez. E, por pensar que seria diferente, talvez a decepção tenha sido ainda maior. Achei que tinha encontrado um cara legal e que minha mãe é que estava errada: os bons homens não precisam ter mais dinheiro. Mas cheguei a conclusão de que não adianta terem mais, nem menos, nem o mesmo. Eles sempre fazem a mesma coisa, independente do que tenham. Ouso até dizer que são todos iguais. Só muda mesmo o CPF.

2 comentários:

Clau disse...

É isso amigas, vocês viram nessa história, que os homens sempre agem assim, acho que por isso que agora tem muita mulher aprendendo com eles e fazendo igual...hahaha

Anônimo disse...

Você fez a diferença na vida dele?

Benedito