quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mulher poderosa

Em um episódio de Friends reprisado por esses dias na Warner, Rachel, Mônica e Phoebe ficam encantadas com um livro de auto-ajuda feminino e passam a seguir seus ensinamentos. Inevitável não associar a situação com a que tenho passado com minhas amigas.

Dia de nada para fazer no trabalho, aproveitei o horário de almoço para passar nas Lojas Americanas e comprar chocolate. Ao aproximar-me do caixa, vejo um exemplar de Por que os homens amam as mulheres poderosas?, de Sherry Argov. Normalmente, eu não compro livros de auto-ajuda. Não tenho muita paciência para aquele blá-blá-blá de “você é a responsável pela sua própria felicidade”. Penso que não há necessidade de outra pessoa falar o que você já está cansada de saber. Só que juntei cansaço, carência, TPM, ócio no trabalho, consumismo e resolvi comprar para ler no restante da tarde.

Confesso que meu conceito acabou mudando. O livro falava sim sobre tudo que estamos cansadas de saber, mas serviu para mostrar-me que algumas coisas na vida só ficam claras quando uma outra pessoa nos diz. Sabe quando você está perto de fazer uma merda, mesmo sabendo que é uma das grandes, e aquela sua amiga te impede de fazer? O livro funciona assim. O problema é que as amigas, em matéria de relacionamentos, não costumam ter o pensamento claro e acabam não sendo muito úteis.

Por esse motivo, o livro virou uma espécie de guia, que está sendo passado de amiga para amiga. Não quero que elas sigam à risca os “ensinamentos”, pois uma pessoa inteligente sabe que não existe manual para viver. Espero que elas consigam extrair dali o que seja interessante para suas vidas. E aviso que já está sendo útil. Basta qualquer uma se aproximar de fazer algo que irá se arrepender depois para a outra vir logo com um “você não leu o livro?”.

Está longe do meu objetivo fazer propaganda. E fico pensando que a mulher poderosa de verdade não deve ler livros desse tipo. Mas por outro lado, tenho certeza de que poucas nasceram com o dom de ser poderosa. Então, não custa nada ter quem abra nossos olhos quando formos para o lado rrado. Para umas, pode ser o livro, para outras, podem ser as amigas. Vamos torcer para que essas alternativas sejam apenas caminhos para que, um dia, nós mesmas sejamos capazes de controlar nossas atitudes. Sem ajuda.

Um comentário:

Clau disse...

Esse livro deve ser bom... vou dar uma lida nele!!!